sábado, 4 de fevereiro de 2012

Dinheiro Nenhum Paga

Eram realmente maravilhosos os natais de nossa infância, que passamos naquela saudosa casa de Sabaúna.
Alguns dias antes, e, já começávamos com os preparativos, uma pintura nova na casa, uma limpeza geral, o presépio, a árvore de natal, nossas roupas, os sapatos, as fitas de cabelo ...etc. Os sorrisos ficavam iluminados, os corações abertos e o espírito de cada um era totalmente natalino porque, nos foi ensinado sobre a importância do aniversariante.
Nesses natais, não faltavam o almoço especial e caprichadíssímo feito por minha mãe e, na volta da missa do  galo, a ceia
 linda, de mesa farta, que não faltava entre tantas outras coisas um queijo de bola  que se chamava Palmira que deve existir ainda e, um doce tradicional de coco em calda feito por minha mãe.
Conforme o costume tradicional costumávamos,  colocar os sapatinhos atrás da porta da sala, e, íamos dormir esperando o Papai Noel.
Havia uma ansiedade gerada pela certeza de que ele viria, ele sempre vinha, não, ele não faltaria conosco.
Só não sabíamos do sacrifício que mamãe e papai faziam para que tudo isso acontecesse sem frustrações.
Os maiores quase moços, (Zezinho, Nininha e Cecília) ganhavam roupas feitas pela mamãe, e as crianças(João, eu, Maria Helena, Ivone e Júlia)
ganhávamos bonecas de pano, petecas, bolas de meias coloridas, io-iôs, cataventos coloridos, cavalinhos de
pau, jogos de palitos, cordas para pular, quebra cabeça feito de madeira, tudo feito por eles e, às escondidas.
Lembro-me de um boneco de madeira, feito por ele, que ficava preso a duas astes, e que agia como se fosse um trapezista. Era lindo!
Coisas, que dinheiro nenhum paga.
Mal amanhecia o dia , acordávamos  ansiosos e íamos à sala e, felizes víamos em cada sapatinho um presente.
Era só alegria! não só nossa mas, também de nossos pais. 

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