terça-feira, 24 de abril de 2012

A Minha Acompanhante

Quando a Jú nasceu em mil novecentos e oitenta e três, eu tive uma crise de coluna bem forte, talvez tenha sido pela tensão do momento pois, minha preocupação de ter um bebê aos quarenta anos era grande e também pelas muitas picadas de anestesia, pois, não havia espaço interdiscal, fiquei tensa, dura e com muita dor.
A Gi, já tinha dezoito anos e me ajudou muito mas, como era época de férias ela tinha se programado para ir com a sua tia Ivone para Guaratinguetá na casa de meu irmão para ficar lá uns dias e, deixei que fosse para não atrapalhar seus planos, então, veio ficar comigo e me fazer companhia, a Patrícia filha da Lena minha irmã, menina doce e meiga, loirinha de olhos verdes. Sou muito agradecida a ela pela  grande ajuda que me deu, ela era muito dedicada e cuidava da bebê com muito carinho dando-lhe atenção, chupeta, chazinho e mamadeirinha enquanto eu devagarinho fazia algum serviço. Talvez ela mesmo nem tenha percebido como sua companhia me foi oportuna e importante naquele momento.
Quero também contar nesse post uma passagem engraçada da Patrícia quando ela tinha dois anos e meio, três anos, não sei bem. Nesse tempo a Ivone minha irmã, ja morava aqui em Mogi e estudava à noite e, quando saía do trabalho, passava pela casa da Lena nossa irmã e levava a Patrícia consigo para poder curtir suas gracinhas, era só o tempo de tomar um banho, um lanche e quando ia para a escola já deixava a Patrícia na Lena.
A Ivone enquanto tomava seu banho colocava a Patrícia em uma cadeirinha lavando as mãozinhas no lavatório, ela ficava alí entretida adorando mexer na água, um dia quando a Ivone saia do chuveiro ela virou-se e disse bem séria.
     Você lavou bem o pescocinho?
Por muito tempo em nossa família quando alguém saía do banho vinha logo a pergunta:
      Lavou bem o pescocinho?
O tempo passou, hoje a Patrícia é o braço direito de seu irmão José  Carlos na direção da empresa Dimensão mas, eu me lembro ainda aquele rostinho, daquela criança calma e linda. À você Patrícia, deixo aqui meu carinho e meu agradecimento.




terça-feira, 17 de abril de 2012

O Meu Garoto

Como é bom ver que minha família é unida, que os filhos cresceram, que os netos chegaram e, crescem também.
Hoje o carinho deste post está inteiramente dedicado ao meu querido neto Luiz Felipe Silveira, um rapaz lindo de cabelos bem pretos e brilhantes, que cresceu tão rapidinho , que agora, para olhá-lo nos olhos já tenho que olhar pra cima.
O Lú é um grande "cara" menino educado, amoroso, carinhoso que cativa todas as pessoas, não só a família que está ao seu redor e que o adora, mas também aos amigos e, as famílias de seus amigos que sentem prazer em te-lo em suas casas e até levá-lo junto com os seus, como se filho fosse, à praia, às viagens e passeios que fazem,e isso eu vejo como uma coisa muito importante pois ninguém quer má companhia para os seus filhos e o Lú, é reconhecidamente um menino do bem que sabe respeitar a sí mesmo, à família, aos amigos, aos pais de seus amigos e a casa onde estiver.
É gratificante para a família ver que o filho embora muitas vezes, se incomode com uma vigilância mais acirrada, mas ainda assim, atende a seus apelos e cuidados, pois não é fácil criar um filho, e o mundo está aí com todo tipo de oferta mas, ele sabendo o quanto é amado, prefere fazer por merecer a confiança nele depositada.
O Lú é muito engraçado, faz piada com tudo que a gente fala, tem umas tiradas que quase mata a gente de rir, adora um carinho e quando estamos juntos assistindo à tv ele pra disfarçar pede que eu lhe faça massagem.
Tenho plena confiança em seu futuro, ele tem visão de empreendedor e será um dia um grande empresário.
Obrigada Lú por ser o que você é, por estar se tornando um grande homem.
A esse neto maravilhoso, quero dar-lhe sempre não só o bolinho de arroz, o franguinho douradinho, aquela farofinha que ele adora, mas também , o meu abraço, o meu beijo carinhoso e o meu colinho de vó coruja.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Visão de Menino

Quando me casei aos dezenove anos, saí de Sabaúna e vim morar em Mogi das Cruzes, em uma casa  na rua Cabo Diogo Oliver.
Morava com a  Dona Maria minha sogra.
Marco, meu primeiro filho, (mais velho que sua irmã três anos), tinha quatro anos e era o xodó da vó Maria pois, sua irmã era esperta demais, era elétrica e sapequinha e eu ficava em função dela. Basta dizer que, com apenas um ano conseguiu a façanha de subir em cima do guarda-roupas e quase me matou de susto.  Enquanto ela dormia o soninho da manhã eu arrumava a casa, e a Dona Maria saia com o Marco para levá-lo a dar umas voltinhas, levavam uma sacolinha e ele apanhava algumas pedrinhas por onde passavam. Perto da casa onde morávamos tem um rio e os dois iam lá, e o Marco ficava jogando uma por uma, as pedrinhas na água do rio.
Na sua visão de criança ele achava esse rio enorme e lindo mas, na verdade era e é ainda, um  pequeno rio mal cheiroso e poluído, mas, ele o adorava, tanto é que, um tempo depois eu escrevi ao rio uma pequena poesia como dívida da minha gratidão. 


          
                                     Rio Negro
                                     
                                   Aquele rio
                                   lamacento e sujo,
                                   que à luz do dia 
                                   causa má impressão,
                                   com a luz da lua 
                                   se torna bonito
                                   nos dando até
                                   romântica visão.