Quando me casei aos dezenove anos, saí de Sabaúna e vim morar em Mogi das Cruzes, em uma casa na rua Cabo Diogo Oliver.
Morava com a Dona Maria minha sogra.
Marco, meu primeiro filho, (mais velho que sua irmã três anos), tinha quatro anos e era o xodó da vó Maria pois, sua irmã era esperta demais, era elétrica e sapequinha e eu ficava em função dela. Basta dizer que, com apenas um ano conseguiu a façanha de subir em cima do guarda-roupas e quase me matou de susto. Enquanto ela dormia o soninho da manhã eu arrumava a casa, e a Dona Maria saia com o Marco para levá-lo a dar umas voltinhas, levavam uma sacolinha e ele apanhava algumas pedrinhas por onde passavam. Perto da casa onde morávamos tem um rio e os dois iam lá, e o Marco ficava jogando uma por uma, as pedrinhas na água do rio.
Na sua visão de criança ele achava esse rio enorme e lindo mas, na verdade era e é ainda, um pequeno rio mal cheiroso e poluído, mas, ele o adorava, tanto é que, um tempo depois eu escrevi ao rio uma pequena poesia como dívida da minha gratidão.
Rio Negro
Aquele rio
lamacento e sujo,
que à luz do dia
causa má impressão,
com a luz da lua
se torna bonito
nos dando até
romântica visão.
Olá, Ana
ResponderExcluirComo é agradável ler as suas histórias cheias de carinho.
Um abraço
Lucia Regina