quarta-feira, 11 de abril de 2012

Visão de Menino

Quando me casei aos dezenove anos, saí de Sabaúna e vim morar em Mogi das Cruzes, em uma casa  na rua Cabo Diogo Oliver.
Morava com a  Dona Maria minha sogra.
Marco, meu primeiro filho, (mais velho que sua irmã três anos), tinha quatro anos e era o xodó da vó Maria pois, sua irmã era esperta demais, era elétrica e sapequinha e eu ficava em função dela. Basta dizer que, com apenas um ano conseguiu a façanha de subir em cima do guarda-roupas e quase me matou de susto.  Enquanto ela dormia o soninho da manhã eu arrumava a casa, e a Dona Maria saia com o Marco para levá-lo a dar umas voltinhas, levavam uma sacolinha e ele apanhava algumas pedrinhas por onde passavam. Perto da casa onde morávamos tem um rio e os dois iam lá, e o Marco ficava jogando uma por uma, as pedrinhas na água do rio.
Na sua visão de criança ele achava esse rio enorme e lindo mas, na verdade era e é ainda, um  pequeno rio mal cheiroso e poluído, mas, ele o adorava, tanto é que, um tempo depois eu escrevi ao rio uma pequena poesia como dívida da minha gratidão. 


          
                                     Rio Negro
                                     
                                   Aquele rio
                                   lamacento e sujo,
                                   que à luz do dia 
                                   causa má impressão,
                                   com a luz da lua 
                                   se torna bonito
                                   nos dando até
                                   romântica visão. 

Um comentário:

  1. Olá, Ana

    Como é agradável ler as suas histórias cheias de carinho.

    Um abraço

    Lucia Regina

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