Trabalhei até me aposentar exatamente com esse tipo de função, e tenho a satisfação e a consciência de que algo de bom fiz a esse respeito.
Aquelas crianças entravam na biblioteca, e saíam sempre levando um livrinho que era de livre escolha ou indicado por mim. Sei que agora na fase adulta, que se o gosto de muitos pela leitura aumentou, é por eu ter naquela época ajudado a plantar a sementinha.
Um dia desses, vi no Facebook e fiquei muito emocionada, que um menininho que era um grande amiguinho de minha neta Aline, hoje adulto morando no sul do Brasil chamado Felipe Munhoz, é escritor e lançou um livro chamado: Mentiras. Penso que nesse caso a terra foi ainda mais fértil e a sementinha germinou e floresceu. Parabéns, Felipe.
Fico também muito feliz quando vejo no rostinho de minha neta Sophia de três anos, seus olhinhos arregalados de tanta atenção quando ouve os detalhes que exageradamente enriqueço nas histórias que lhe conto, assim também, como um dia contei aos meus filhos e também ao Frê (principalmente A Cigarra e a Formiga que ele adorava), ele que hoje se torna pai da Marília. Como já disse Fernando Pessôa : Sempre vale a pena se a alma não é pequena.