sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ao pé da letra

Sempre gostei de tricô. Muito cedo, aprendi a tricotar com a Carmem, (a quem aqui agradeço) filha do Sr Manuel sapateiro, esposa do Basílio (que tinha um bar em Sabaúna) e irmã do Átila da lojinha que tem perto da minha casa em Mogi das Cruzes.
Eu ia na casa dela toda tarde, aprender tricô. Seu Manoel sapateiro (como era chamado) falava muito alto e, eu pequena ainda ficava assustada e tinha até medo dele.Eu ficava na sala tricotando e ele ficava em um cômodo ao lado consertando sapatos e ficava conversando com a Carmem tão alto que parecia estar brigando com ela mas, era só a maneira dele falar, ele era bom.A Carmem atendia a ele e a mim, ia lá e vinha cá.Eu estava tricotando uma blusinha azul de boneca. Esse aprendizado me favoreceu mais tarde. Em Sabaúna, tinha um lanifício que vendia lã com desconto para os funcionários e, eu ganhava meu dinheirinho fazendo blusas muito bonitas pra muitos deles.Mais tarde pude nos invernos agasalhar meus filhos com essa habilidade. Nessa tarde que eu tricotava a blusinha azul, eu estava assustadíssima com seu Manoel ,a Carmem nem percebia e me disse: Faça só mais duas carreiras de dois tricôs e dois meias para completar a barra e depois, vaaai embora, e foi falar com o pai, quando voltou eu tinha ido embora mas, na verdade, era pra eu tricotar em ponto liso até na cava.Entendi ao pé da letra.

2 comentários:

  1. Nossa Ana, sabe que eu lembro da minha tia já ter contado isso. Eu também achei muito engraçado do jeito que ela falou e você entendeu ao pé da letra. Tenho saudades de quando eu ia à casa da minha tia Carmen com minha família e lá regado a muitos causos que minha tia contava e a um delicioso café com bolo nos divertíamos muito. Hoje minha tia já deixou de ser a pessoa que era. Vive na casa da filha aos cuidados dela. Beijos

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